A partir de 2012 a circulação automóvel será taxada na Holanda. Na base desta medida está o combate às alterações climáticas e ao congestionamento nos centros urbanos do país. Na verdade, os incentivos à partilha de automóvel e da distribuição de brindes aos passageiros dos transportes públicos não foram suficientes para reduzir o número de pessoas que entopem as vias rodoviárias todos os dias. Assim, o governo holandês prepara-se para cobrar as deslocações em viaturas particulares consoante a distância percorrida e o tipo de veículo.
Na prática a monitorização destas condições vai exigir a implementação de aparelhos GPS e a cobrança de taxas feita por débito directo através uma agência. Por exemplo, um carro familiar será taxado a 3 cêntimos por quilómetro. E para onde vai o dinheiro? O Estado comprometeu-se com a construção e melhoria de infra-estruturas para transportes.
Naturalmente que a medida recebeu algumas criticas por parte de ambientalistas que acham este programa pouco eficaz e por parte peritos na área dos transportes que defendem a urgência de outras obras públicas. Mas o que para nós deveria ser alvo reflexão é a fraca contestação dos automobilistas após o anúncio desta acção. Será que os holandeses estão, ambientalmente falando, no topo das atitudes-exemplo para as restantes nações?